sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Movimento dos Sem Natal



Nessas épocas de fim de ano sempre fico na maior saia justa, na minha casa nunca comemoramos o Natal (esse inventado pelo comércio) mas isso não é trauma, muito menos me deixa triste... meus pais nunca nos pouparam de verdades, mas nos deram ( a mim e a minha irmã) a melhor infância do mundo, com direito a muitas fantasias... entre elas a da arvore com presente e a do papai-noel .. mas com o tempo chegamos as nossas próprias conclusões, ou seja.. o natal não existe!

Navegando pela internet achei esse post do Marcos Masini, que descreve perfeitamente minha opinião sobre o assunto... então:


O Natal não existe por Marcos Masini ( http://blogs.abril.com.br/divadomasini/2008/12/natal-nao-existe.html )

A afirmativa trazida no título deste artigo deve deixar muita gente ouriçada. Muitos a acharão de péssimo gosto, outros desejarão me jogar na fogueira e alguns, horrorizados, dirão: “eis aí um pagão”.

Daqui a algumas horas é 25 de dezembro, data escolhida para a comemoração de dois tipos de natal. Dois tipos? “O que esse herege está querendo dizer com mais essa afirmação?”

Antes de qualquer coisa, é bom saber que há controversas em relação ao verdadeiro dia em que Cristo nasceu. Na conta de alguns, o fato teria ocorrido no dia 21 de agosto, outros acreditam em 7 de janeiro e já vi estudiosos apontarem para o mês de Abril.

Afinal, porque então 25 de Dezembro foi escolhido? É que neste dia povos pagãos faziam suas oferendas e festas em homenagem ao Sol, que voltava à sua posição elevada. Dizem que os primeiros Cristãos comemoravam esse feriado, então a Igreja decidiu transformar a cerimônia pagã numa festa cristã, resumidamente.
E quanto aos dois tipos de Natal? O primeiro é o Cristão, aquele que anuncia o nascimento do menino Jesus, o Cristo, como já descrito acima. Já o segundo é o Comercial, o das compras, da mesa farta, do amigo secreto, do capitalismo. Mas ambos não existem.

Sim, muita gente sequer sabe o que é Natal, seja o comercial ou o religioso. Muitos estão excluídos socialmente e espiritualmente. É só verificar em qualquer dado da UNESCO ou da ONU a quantidade de crianças que morrem de fome ou por outras moléstias. A cada 5 ou 7 segundos, uma criança com menos de 5 anos morre no planeta por doenças relacionadas à falta de alimento. Os números não são exatos, mas estima-se que aproximadamente 35 milhões de pessoas morrem de fome por ano no mundo. Estes certamente não conheceram o natal comercial e talvez nem o espiritual.

Segundo o Cristianismo, o Natal significa o nascimento de Cristo na vida de uma pessoa, ou seja, o indivíduo tinha um estilo de vida, digamos, pecador, e ao conhecer a Cristo e suas palavras deixadas na Bíblia, este tem um novo nascimento. Tudo se faz novo. Há uma conversão no caminho, um redirecionamento na alma. A vida ganha novo sentido. A pessoa passar a enxergar o mundo e agir de maneira diferenciada. Começa a valorizar outros conceitos sobre a vida, a família, o mundo.

O Natal Comercial exclui, já o Natal Espiritual tem por finalidade agregar. O Natal espiritual não tem data, afinal, o nascer em Cristo pode ocorrer em qualquer dia, hora ou local. O verdadeiro Natal é o do amor, vivenciado cotidianamente. Renato Russo, o cantor, nos fez refletir em sua canção “Monte Castelo”, baseada em versículos da Bíblia, o sentido do amor e porque não dizer do próprio Natal, mesmo que a música não fizesse referência alguma a tal data.

O verdadeiro sentido do Natal não necessita de dia especial, muito menos de presentes e comida farta. Mas como é bom ter a mesa regrada, não só a minha, não só a sua. Como é bom nos fartar de amor, paz, fraternidade, bons costumes ou de palavras de sabedoria.


É muito bom nascer de novo. É muito bom celebrar a vida! Viva a vida!